3.2.10

mar sonoro

tenho pensado [ / demasiado ?! ] na maneira como o céu me promete não cair na minha cabeça.
desconfio da segurança porque o sinto cada vez mais na minha pele, tenho as raízes dos cabelos arrepiadas - se calhar é frio ou então os Gauleses é que tinham razão.
no céu já não confio, e o mar é mentiroso.
promete embalar-me como faz à areia, mas gosta mais dela do que de mim.
no fundo sei que ele gosta mais dela porque os grãos são livres e não precisam dele para nada.

Por falar em mar, espanta-me como é sonoro , como me mente piedosamente [ / eu sei disso, e agradeço ] enquanto me embala , enquanto me leva para outros lugares , para lá do horizonte, do firmamento . e por associação [ / inevitável ] de ideias lembro-me do poema de Sophia que dediquei à minha mãe e à paixão dela pelo mar [ é curioso como nos sentimos no direito de dedicar poemas que nem são nossos, mas há poemas que não são de ninguém porque o poeta é um fingidor... ]:

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho,
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim



Hoje contruímos, na capela, o espaço Taizé. ficou tão bonita !

1 comentário:

  1. porque, apesar de eu também gostar muito da "blower's daughter" do damien, a "é isso aí" é um dueto que tem muito significado para nós, uma letra incrível e lá por não ser a original não deixa de ser uma versão lindíssima.
    nada disso nos impede de vir a gravar a versão original, algo que por acaso tenho intenções de vir a fazer, mais tarde.

    beijo.

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