12.11.11

Despedi-me do esquecimento
e já tu adivinhavas a carne
que eu anunciava.
Parto, na ânsia de reinventar
o trago das raízes telúricas
Procuro somente reconhecer
por onde se foi morrendo.
Dizes que não és completamente ateu
pergunto-te então,
que coisa é essa que fazes com as palavras.
Eu ainda peço solidão,
e a minha loucura
Ainda procuro devotar a vida
à eterna fonte dos povos.

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