6.2.10

Eu:

Cheguei agora a Casa, são dez e meia.
Hoje fui à Lello com a minha mãe, touxemos o Mário de Sá-Carneiro, o Amin Maalouf e o Carlos Tê.
Numa troca de palavras, o dono disse à minha mãe que só quem percebe muito de livros faria escolhas tão especiais, ao que a minha mãe respondeu que eram escolhas de quem o faz por muito gosto.
A Ribeiro não tinha areias, e eu ainda não digeri o desconsolo.
O Peter Gabriel, os Midlake, o Abaji, a Laura Veirs, os Anathema, o Willie Nelson, a Basia Bulat, são espectros agradavelmente barulhentos, permanetemente bombeados nos meus canais sensoriais.

Ontem li uma oração, que procurava há muito tempo, sem saber muito bem se ela existia. Encontrei-a nas velas, nos tijolos de Taizé, na capela do CLF, no anúncio do Caminho. Encontrei-a nas mãos e nos olhos dos meus, e sobretudo, encontrei-a no coração...
Senti, em cada centímetro da minha pele, a sua chegada - que ansiei à exaustão, que procurei incessavelmente.
Procurei por ela, como quem grita pela auto-definição - dinâmica - que será mudada todos os dias a partir de hoje, no seu próprio contexto, nos próprios significados, nas lições, nos objectivos, mas nunca na essência.

As palavras chegaram como lágrimas agridoce nos lábios, nos dentes... E abençoam-me com paz.


Eu :
Creio nos caminhos da alegria e da amizade que nunca esquecem passos percorridos e acolhem sempre novos passos e mais passos.
Creio nas mãos que unem, em dia de encontro e se firmam na força que souberam sua.
Creio nas flores que se abrem ao sol da amizade e enfeitam por dentro a vida dos homens e que nunca murcham nem secam.
Creio nas asas que nascem com as palavras, ou o sorriso, ou o olhar e que apressam a madrugado do amor. Ámen.
Oração Taizé, CLF a 5 de Fevereiro de 2010


[ Isto faz deste um dos posts mais importantes que já escrevi até hoje ]

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