29.1.11

Não me encontro. É difícil marcar presença quando não me encontro. Não me conheço, no sentido em que me observo numa ânsia de alcançar tudo menos aquilo que vou definindo como prioridades.
Questiono permanentemente o Tempo que passa - porque passa e se poderia passar mais rápido... mais devagar. Estagnar. Falo com espíritos e tenho a nítida noção de que isto não é normal. Vou falando comigo, discutindo essencialmente. E não me encontro.


If I Rise...

16.1.11

Pára!

Paro com o quê? Não entendo a que te referes...

Pára com isso! Chega de tentares perder-te nas minhas próprias decisões. Acaba com todos esses subterfúgios que inventas para te fingires interessado.
Encontra outra forma de lutar contigo próprio e com aqueles que vês como entraves.
Não me uses como ferramenta de guerra - Sempre odiei cenários bélicos, além disso não sou um brinquedo.
Deixa-me em paz, até porque honestamente estou-me nas tintas - Para ti, para os respectivos entraves e para o modo como termina esta paródia.
Foste tu que me abordaste enquanto caminhava tranquilamente, tomando opções, calculando a minha rota. Tentaste recrutar-me adivinhando que antes já os teus oponentes teriam tentado. Mas não te devo nada, muito menos explicações. Estás com azar, não tomo partidos a não ser o meu.
E acabo a conversa com palavras de Campos:

Que mal fiz eu aos deuses todos?

(...)

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

10.1.11

Só quem ainda não entendeu Clã é que não se rendeu à magnitude dos seus trabalhos.
Só quem ainda não sentiu que, quando ouvimos Clã, o céu pesado cabe em lágrimas gordas.

9.1.11

No fim, gostava que a minha vida fosse um manto de retalhos.









No qual nos deitamos juntos, todas as noites, e celebramos o milagre da vida.

5.1.11

Os meus pulmões pedem-me um pouco de sossego.
Pedem-mo as mãos, a minha cabeça.
Tenho vontade de encarar os dias num coma profundo, até que entendo o meu lugar aqui na Terra. O meu lugar é aqui - comigo própria, sozinha. Contigo, com eles, criar um connosco. O meu lugar é este, apesar de ser mais fácil fazer de mim uma forma inatingível. Um espectro deformado pela distância que nos segura, que nos mantém a salvo.
Por momentos, olvido. Mas, por momentos, lembro a minha Casa e o meu Caminho, e regresso.
De resto, é tudo um eterno desassossego.

2.1.11

Desde o primeiro dia que digo: não há coisa que mude. A única coisa que muda somos nós, e por isso é tudo. Tudo muda. E isto não é uma incongruência pela simples razão de que há quem a compreenda profundamente.
Muda aquilo que nós quisermos mas é necessário que nos mobilizemos.
Todos os dias são novos porque só acontecem uma vez, cabe-nos a nós fazer deles alguma coisa.

Ou não.