14.6.10

What goes around, comes around ...

Ao longo do tempo fui perdendo a ideia de que há pessoas boas e pessoas más. Há pessoas que realizam acções, pessoas que têm atitudes, que transportam auras, energias. Há pessoas, com diferentes valores - acho que o que verdadeiramente nos distingue é isto.

Há vezes em que acredito na ideia do Karma. Se pensarmos bem no assunto, não é assim tão místico, tão mágico, tão abstracto.
Acho que está, na verdade, impregnado de lógica e de probabilidades...
Só faz sentido que a aura positiva que cada um porta o atinja. Parece-me lógico que as pessoas que têm como sua missão inundar com amor e ser fonte de alegria acabem elas próprias por ser contaminadas com todo o amor e felicidade. Acredito que o mundo, a natureza, retribui os actos de boa vontade. E, como disse, não há nada de transcendente nisto - é pura lógica . É a mais científica das simbioses entre o espaço que é a Terra e o material que a ocupa que, em parte, é cada um de nós.
Por outro lado, é lógico que quem opta por valores negativos acabe afogado, sufocado pelos mesmos. É natural pensar que atitude negativa é pouco ou nada produtiva - de imediato ou em última análise. A recompensa acaba por nunca compensar. Nem que seja pelo poder auto-destrutivo de determinadas atitudes.
Isto parece demasiado ideal mas parece-me ser o que acontece na realidade, se formos capazes de observar atentamente e fazer generalizações.
É óbvio que há excepções. Haverá sempre gente boa a morrer cedo e gente má a sair recompensada - e podemos parar já aqui. Em primeiro lugar, muitas vezes, esta descrição de excepção é extremamente redutora e distorcida. Quantas vezes já pensei no quão injusto foi o meu avô morrer quando eu tinha apenas 6 anos. Quantas vezes penso que uma pessoa que ama tanto e é amada por tanta gente deveria ter direito a mais tempo de vida. Ainda hoje me sinto frustrada por tudo o que poderia ter aprendido com ele e não pude, por todas as vezes que lhe tento dar um beijo, dizer-lhe que o amo muito e é o melhor avô do mundo. Ainda hoje sinto que é injusto uma miúda como a minha prima não ter tido o privilégio de conhecer um Homem como o meu avô Renato.
Mas a verdade é que todo este raciocínio está profundamente embebido em emotividade e por isso é subjectivo e tendencioso. O que acontece é que as pessoas morrem [ Uau! ]... Isto pode é ter diferentes efeitos nos que ficam mediante o quanto esta pessoa amou e foi amada.
Por outro lado, para a situação da recompensa recebida por quem não merece, proponho uma visão mais ampla da coisa. A ideia é que, em última análise, a recompensa não é , de facto, uma recompensa ou simplesmente não pesa mais do que todo o peso que a aura negativa assenta na pessoa que o transporta.
Em segundo lugar, admitindo que há excepções - porque às vezes é difícil acreditar que não as haja - serão as excepções mais do que simples mutações? Mutações na realidade, falhas na concretização e aplicação da lógica. E pensemos nas mutações tal e qual como as estudamos : São estas mutações que conferem a variabilidade - e a variabilidade é essencial à evolução.
É este o equilíbrio que observamos na Natureza, no Universo. Não podia ser mais intuitivo, mais coerente com a realidade, mais lógico, mais objectivo, mais racional, mais científico...
A minha opção é uma atitude construtiva perante o desafio da rotina como dizem os MDG.

Não resisto a deixar aqui alguns Karma :

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