9.12.11

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.


Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento


E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama


Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinícius de Moraes

2 comentários:

  1. Olá dou-te os meus parabéns pelo teu blog. Acho que podemos trocas ideias e pensamentos. Aqui vai o meu blog

    http://www.queridoamorperdido2.blog.com/

    ResponderEliminar
  2. Os meus Parabéns por este blog!!

    ResponderEliminar